O Eduardinho e o Bernardão
Hoje, tenho o prazer de vos apresentar dois dos mais simpáticos e divertidos sócios do clube: o Eduardo e o Bernardo. Como podem ver, as parecenças são muitas: são ambos simpáticos, divertidos e muito bem dispostos.
Tínhamos agendada uma deslocação ao Seminário Maior de Coimbra, visitar o belo e quase desconhecido edifício barroco. No entanto, por motivos de última hora, tivemos que alterar os nossos planos. Aproveitámos o belo dia de sol e fomos então passear para o Parque da Cidade.
Pode parecer uma grande vergonha, mas é verdade: ninguém sabia quem foi este Dr. Manuel Braga que deu nome a este belo jardim da nossa cidade. Fica prometida uma pesquisa, pois não é justo que o nome de uma personalidade tão importante, que até deu nome a um parque, caia assim no esquecimento. Para já, apresentamos uma fotografia do busto do Dr. Manuel Braga.
O jardim tem mais alguns bustos de poetas, como Antero de Quental e Manuel Alegre. Destacamos um monumento de homenagem à grande poetisa Florbela Espanca (1894 - 1930), da autoria do escultor galego Armando Martinez. Florbela Espanca foi uma grande poetisa, com uma vida muito infeliz e sofredora. Natural de Vila Viçosa, celebrizou-se pelos seus poemas de amor muito intensos e arrebatadores que reflectem bem a sua vida muito agitada e que teve um fim trágico, pois Florbela suicidou-se. Quando o corpo foi trasladado, de Matosinhos, onde morreu, para a sua terra natal, procedeu-se a uma homenagem da cidade de Coimbra à poetisa neste parque da cidade. Daí a razão para erigir este monumento que foi inaugurado em 1994.
As suas poesias são muito conhecidas e talvez que a versão mais famosa seja a do poema que foi musicado pelos «Trovante», em 1987:
Antes de visitarmos o Museu da Água, tivémos ainda oportunidade de contemplar alguns belos canteiros deste parque, bem como o coreto, onde tirámos esta fotografia de grupo, escutando atentamente as explicações da Drª Conceição sobre o traçado da muralha medieval.
O Museu da Água resultou do aproveitamento da antiga Estação de Captação de Água, de 1922. O edifício é muito discreto e interessante. No interior, visitámos uma exposição de pinturas infantis alusivas ao tema da água.
Novamente na rua, dirigimo-nos para o Parque Verde do Mondego, construído na continuidade do Parque Dr. Manuel Braga e inaugurado em 2004. O objectivo foi criar um espaço dedicado ao lazer, aproximando a cidade do rio.
Já que é um parque de recreio e lazer, fomos correr, saltar e brincar com o famoso Urso. Apresentamos algumas fotografias deste momento de brincadeira e correria.
Pobre urso....
Finalmente, decidimos dar sossego ao urso e fomos até à extremidade do parque, caminhando pela beira do rio. Fotografámos ainda a ponte pedonal Pedro e Inês que, infelizmente, apresenta já claros sinais de vandalismo: vidros partidos e grafitis pintados. Esta ponte celebra os amores de D. Pedro e D. Inês de Castro. Foi inaugurada em 2006 e projectada pelos engenheiros Cecil Balmond e Adão da Fonseca.
Concluímos a nossa visita no Pavilhão Centro de Portugal. Esta obra de arquitectura deve-se a Siza Vieira e Souto de Moura, os dois representantes mais importantes da designada escola de arquitectura do Porto.
Este pavilhão foi concebido para a Expo 2000 Hannover, na Alemanha. O edifício é desmontável e, por isso, uma vez concluída essa exposição internacional, foi remontado aqui em Coimbra, servindo agora de sede à Orquestra Clássica do Centro.
O edifício utiliza materiais tipicamente portugueses, como o revestimento exterior em cortiça, o mármore de Estremoz ou os azulejos.
Infelizmente, e mais uma vez, no que parece ser um triste hábito da nossa cidade, o edifício apresenta já claros sinais de degradação, vandalismo e falta de obras de conservação. Os espaços ajardinados estão por cuidar, os azulejos caem e não são recolocados, a sujidade acumula-se por toda a parte. Esperemos que, futuramente, haja mais cuidado e respeito pelo património da nossa cidade.