
Hoje fomos ao mosteiro de Santa Clara-a-Velha, acompanhados pelas professoras Laura Pereira e Olga Furtado, bem como pelos nossos colegas do 5ºB. Parámos na ponte pedonal «Pedro e Inês» para tirar esta bela fotografia com o Mondego e a colina da Universidade ao fundo.

Começámos por assistir a um pequeno filme no auditório do mosteiro sobre a vida das freiras clarissas na Idade Média. Depois, o nosso guia, o Hugo Bebiano, conduziu-nos até ao museu. Aqui, não pudemos tirar fotografias, mas contemplámos muitas peças retiradas das escavações e que dão uma ideia da vida das freiras: a alimentação, o vestuário, a oração, os trabalhos e afazeres, a morte, ....

Cá fora, depois de assitirmos a uma projecção de fotografias antigas sobre a relação do mosteiro com a água do Mondego, vimos o que resta do antigo Paço de Santa Clara: uma parede com algumas janelas ogivadas. terá sido aqui, e não na Quinta das Lágrimas, que D. Inês de Castro foi assassinada, a mando do rei D. Afonso IV.

Seguimos depois para o mosteiro. Trata-se de um edifício de arquitectura religiosa traçado pelo mestre Domingos Domingues. O mosteiro foi refundado pela Rainha Santa, devendo-se a sua fundação original a uma rica senhora da nobreza chamada D. Mor Dias.

As obras decorreram sob o patrocínio da Rainha Isabel de Aragão, logo a partir de 1316. Em 1331, sabemos que, por provável falecimento do mestre, os trabalhos eram já dirigidos por Estêvão Domingues.

Nesta fotografia vemos a malta toda a olhar para o tecto, pois, conforme nos disse o Hugo, um dos factos mais relevantes na arquitectura deste edifício, em comparação com os outros semelhantes construídos na época, é que a igreja está completamente abobadada, isto é, a cobertura é de abóbada de pedra, quando normalmente as igrejas eram cobertas com travejamento de madeira. Este facto deve-se seguramente ao patrocínio da Rainha Santa.

A igreja possui três naves e sete tramos sem transepto. A luz entra pelas pelas frestas e pelas rosáceas.

A decoração dos capitéis, como é próprio da arquitectura gótica mendicante, faz-se com motivos vegetalistas e animalistas. Nos capitéis do interior do templo, vemos exclusivamente motivos vegetalistas.

No regresso, vimos o enorme claustro, escutando, mais umas vez atentamente, as explicações do nosso guia.

E assim chegámos ao fim de mais uma visita. Para a semana é o último dia de aulas e do nosso clube. Já estou a ficar com saudades.... O que vale é que para o ano.... há mais Clube do Património!
